MACADÂMIA, UM CAPRICHO DA NATUREZA
A intensa geada de 1994 provocou forte impacto econômico na cafeicultura e arrasou a plantação de café do sitio Kobiraki, em Uraí, região Norte do Paraná. Sem muita alternativa, a família comprou algumas mudas de macadâmia da CODAPAR e a noz de origem australiana, que chegou ao Brasil na década de 60, foi plantada em 36,3 hectares. A vantagem, explica Marcelo, da terceira geração dos Kobiraki, "é que a macadâmia não exige redução de área sendo viável consorciada com o café".
A planta leva cinco anos para produzir e, em 2004, Kobiraki obteve registro para a comercialização in natura, mas, sem retorno, partiu para o processamento. "Faltava a parte de administração, planejamento, conhecimento para formação de preços e no processamento", explica Marcelo.
Aprendeu a direcionar a produção de acordo com o mercado e a gerenciá-la. "Passei a planejar pra não ficar sem produção. Hoje, apesar da safra ser de janeiro a abril, tenho produto pra processar o ano inteiro".
Primeiro, ele partiu para a venda a granel, não deu muito certo. Depois embalou com marca própria, a Kisaki (Ohkisaki significa rainha em japonês, a marca Kisaki é em função do título de rainha das nozes dado a macadâmia). "Por ser desidratada, ela mantém as propriedades que são benéficas à saúde", afirma Marcelo.